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Portugueses confiam mais na imprensa regional e local

Portugal (61%) contínua a ser o segundo país – logo atrás da Finlândia (69%) – onde as pessoas mais confiam nas notícias, revela o Digital News Report 2022. Isto é particularmente relevante num ano em que este índice caiu em muitos países estudados e em alguns até de forma significativa.

Destaque ainda para imprensa regional e local em Portugal (67%), que mantém um nível de confiança elevado e que inclusivamente cresceu, comparativamente aos últimos anos (65% em 2021 e também em 2020). Este crescimento poderá justificar-se – considerando indicadores recolhidos pelo MediaTrust.Lab – com a própria pandemia, isto é, as populações procuraram nos projetos jornalísticos que mais lhe estão próximos, informações credíveis sobre um problema com impacto mundial.

Quanto ao principal meio de acesso às notícias em Portugal, o online (79%) – com os smartphones a suplantar computadores e tablets – ultrapassou a televisão (74%).

Um outro dado que emerge do relatório deste ano e numa perspectiva global, é o crescente número de news avoiders, isto é, pessoas que evitam notícias. Um fenómeno sobretudo centrado em temas em torno da Covid-19 e a política, com impacto significativo no Brasil e no Reino Unido.

O Digital News Report 2022 é já a décima primeira edição de um inquérito anual promovido pelo Reuters Institute for the Study of Journalism e o oitavo que inclui Portugal. Este é o maior projecto global de investigação sobre consumo de notícias em formato digital e que se realiza em 46 países.

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Membro do MediaTrust.Lab conclui doutoramento com tese sobre “fake news”

“Quem consome Fake News? Uma análise comparativa do efeito da ideologia política Esquerda-Direita na crença, interpretação e divulgação” foi o tema da tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação que esteve em discussão em provas públicas, realizadas na tarde de ontem, 3 de Maio – Dia Mundial da Liberdade de Imprensa – na Universidade da Beira Interior (UBI). Trata-se de um trabalho da autoria de João Pedro Baptista, sob orientação de Anabela Gradim, ambos investigadores do MediaTrust.Lab.

A partir do trabalho desenvolvido, que contou com um inquérito ao qual responderam 712 pessoas, João Pedro Baptista apresenta cinco grandes conclusões:

  1. Os participantes conseguiram, no geral, identificar as “fake news”, mas não se pode concluir que são pouco vulneráveis à desinformação;
  2. O conhecimento político pode ser uma arma contra a desinformação, bem como a aposta na literacia digital, nomeadamente na audiência com mais idade;
  3. O preconceito político actua de forma mais evidente, como raciocínio motivado, nos partidários de direita;
  4. Os resultados sugerem a existência de uma assimetria ideológica quanto ao julgamento e divulgação de “fake news”. As pessoas ideologicamente mais à direita (vs pessoas de esquerda) demonstraram ser mais suscetíveis à desinformação;
  5. O pensamento deliberado, mais reflexivo ou calculista durante o processamento da informação pode ser crucial para reduzir a crença e a divulgação de “fake news” políticas.

O júri que discutiu a referida tese foi constituído por Paulo Serra (UBI), que presidiu, Luís António Santos (Univ. Minho), Marlene Loureiro (Univ. Trás-os-Montes e Alto Douro), Carlos Jalali (Univ. Aveiro), João Carlos Correia, João Canavilhas e Anabela Gradim (todos da UBI).

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Congresso da SOPCOM com 12 comunicações da equipa MediaTrust.Lab

O XII Congresso da SOPCOM – Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (11-13 de Abril, Faculdade de Ciências Sociais Humanas da Universidade Nova de Lisboa) contou com a participação de membros da equipa do MediaTrust.Lab. Esta traduziu-se em 12 comunicações, a maioria das quais relacionadas com as várias dimensões do projecto.

As comunicações em causa foram:

“A criação de identidade de marca a partir de um arquétipo de comunicação: um estudo de caso com os jogadores Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar”, de Fernando Rocha, Caroline Patatt & Ricardo Morais;

“Como as crianças portuguesas perceberam o fenómeno epidemiológico COVID-19”, de Bianca Persici Toniolo, João Pedro Baptista, Cecília Ramos, Valeriano Piñeiro-Naval & Anabela Gradim;

“Consegues ouvir o que eu vejo? Data sonification aplicado às narrativas radiofónicas”, de Ana Sofia Paiva & Ricardo Morais;

“Corpo autovigiado e quantificado: a reconfiguração das relações sociais de género através das apps de automonitorização”, de Rita Basílio de Simões & Inês Amaral;

“Desafiando imaginários: práticas mediadas de jovens adultos em aplicações móveis”, de Inês Amaral, Rita Basílio de Simões, Sílvio Santos & Ana Marta Flores;

“Desinformação em contextos de proximidade: contributos para um projeto em curso”, de Pedro Jerónimo;

“Incivis e odiosos? Comentários online às notícias sobre as eleições legislativas de 2015 e 2019”, de Marisa Torres da Silva, João Gonçalves, Pedro Coelho & Maria José Brites;

“Intergeracionalidade e educação para os media: workshops do projeto SMaRT-EU”, de Maria José Brites, Ana Filipa Oliveira & Carla Cerqueira;

“Instrumentos digitais de accountability e transparência no jornalismo português”, de João Miranda;

“Media regionais e pandemia: desafios para o jornalismo e para os jornalistas”, de Pedro Jerónimo;

“Podem as estratégias de procurar informação influenciar a crença em fake news? Um estudo exploratório junto dos jovens portugueses”, de João Pedro Baptista, Anabela Gradim & Elisete Correia;

“Uma radiografia do fact-checking em Portugal”, de Carlos Camponez & João Miranda.

Por fim, referir que durante o XII Congresso da SOPCOM decorreram eleições para os 20 grupos de trabalho (GT) que integram a associação. Destacamos a eleição de alguns dos membros do MediaTrust.Lab para a coordenação de alguns deles. Foi o caso de João Miranda (coordenador do GT de Jornalismo e Sociedade), Maria José Brites (coordenadora do GT de Públicos e Audiências), Pedro Jerónimo (coordenador do GT de Media Regionais e Comunitários), Ricardo Morais (coordenador do GT de Comunicação Política) e Rita Basílio (coordenador do GT de Género e Sexualidades).

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Publicado artigo sobre desinformação e colaboração a uma escala local

“Disinformation at a Local Level: An Emerging Discussion” é o título do artigo de Pedro Jerónimo e Marta Sánchez Esparza, que acaba de ficar disponível na revista Publications.

Trata-se de um contributo que tem como principal objectivo colocar em debate a problemática da desinformação em pequenos territórios e comunidades, envolvendo, por vezes, os próprios media regionais. Mas não só. Os autores apontam ainda possíveis caminhos a seguir.

“Como vimos, o trabalho colaborativo de plataformas e consórcios transnacionais fortalece o tecido dos media regionais, num sistema de rede que permite o acesso a recursos, fontes, ferramentas tecnológicas e métodos que de outra forma estariam fora do alcance dessas media regionais.”

E concluem:

“Nem todas as iniciativas de colaboração cruzada entre media e jornalistas são bem-sucedidas. Algumas falham por questões culturais, já que a relutância dos grandes media ainda é frequente, quando se trata de partilhar recursos e a necessidade de dominar a competição (Palomo & Sedano, 2021). No entanto, estudar o impacto dessas iniciativas como uma oportunidade para o jornalismo local e um antídoto para a proliferação de ‘notícias falsas’ é um tema emergente de discussão.”

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Publicado artigo sobre desinformação em período eleitoral

“Comunicación y desinformación en elecciones: tendencias de investigación en España y Portugal” é o título do artigo de Rúben Rivas-de-Roca, Ricardo Morais e Pedro Jerónimo, que acaba de ser publicado na Universitas-XXI, revista de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Politécnica Salesiana do Equador.

Trata-se de um trabalho que tinha por objetivo fazer uma revisão das principais pesquisas sobre comunicação política e eleições no âmbito ibérico (Espanha e Portugal), identificando possíveis alterações.

“Como resultados, observam-se semelhanças na preferência metodológica pela análise de conteúdo, embora os temas abordados diferem dependendo das circunstâncias nacionais, além de certa coincidência na análise das eleições legislativas nacionais. Em Espanha, a ação dos novos partidos nas redes sociais tem sido especialmente tratada, enquanto em Portugal prevalece o interesse pela televisão. Da mesma forma, a explosão da produção científica em Espanha contrasta com o menor número de estudos no caso português”, concluem os autores.

Um outro apontamento refere-se, no caso português, à quase ausência de estudos sobre eleições autárquicas. O registado resulta mais da perceção dos autores portugueses do que dados empíricos, o que não deixa de representar uma oportunidade para futuros estudos.

Por fim, referir que este estudo surge a partir de uma estadia de três meses de Rúben Rivas-de-Roca (Universidade de Sevilha, Espanha) no LabCom, onde também trabalhou outros temas do seu interesse, como a qualidade do jornalismo local.

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Projeto é tema de episódio de podcast

O MediaTrust.Lab foi o tema para uma conversa entre Pedro Jerónimo – investigador responsável do projeto – e Giovanni Ramos, jornalista brasileiro e doutorando na Universidade da Beira Interior. Ela surgiu integrada no Dialéticas, podcast de divulgação científica que tem dedicado os últimos episódios ao debate sobre o futuro do jornalismo local.

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Comunicação apresentada no CICID

“La desinformación en el contexto local: aportes para desarrollar el tema” foi a comunicação apresentada por Marta Sanchéz Esparza e Pedro Jerónimo no CICID 2021 – IX Congreso Internacional de Investigación en Comunicación e Información Digital “Espacios y relaciones de comunicación en la nueva normalidad”, que decorreu nos dias 11 e 12 de novembro, em formato virtual, mas a partir da Universidade de Saragoça, Espanha.

Esta apresentação teve como principal objetivo abrir o debate sobre a desinformação em contextos de proximidade, em torno dos media regionais. Tanto a apresentação, como o debate gerado, podem ser consultados aqui.

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Investigadora espanhola reforça equipa

Chama-se Marta Sánchez Esparza e chega ao LabCom – Comunicação e Artes, unidade de investigação da Universidade da Beira Interior, para uma estância de três meses. Institucionalmente vinculada à Universidade Rey Juan Carlos, Espanha, é ainda jornalista e secretária do Sindicado de Jornalistas de Madrid.

A vontade de ter uma experiência de investigação no estrangeiro e que envolvesse temas relacionados com os seus interesses, como são os casos da desinformação e o jornalismo local, levou-a ao LabCom. A existência do MediaTrust.Lab acabou por ser determinante para essa escolha. Assim, durante os próximos meses, o projecto terá um importante reforço. Bem-vinda, Marta 🙂

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Olá mundo :)

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