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MediaTrust.Lab edita especial na revista Journalism Practice

“Disinformation studies as an emerging research field” é o tema da edição especial publicada na prestigiada revista científica Journalism Practice, da editora Taylor&Francis, e que teve como editores Pedro Jerónimo e Inês Amaral, investigadores do MediaTrust.Lab, bem como o professor João Carlos Correia.

Destaque ainda para dois artigos: “Disinformation Studies: Global Perspectives”, que serve de introdução e é assinado pelos três editores, bem como “Who Posts Fake News? Authentic and Inauthentic Spreaders of Fabricated News on Facebook and Twitter”, de Tatiana Dourado, também investigadora do MediaTrust.Lab.

Leia em: https://www.tandfonline.com/toc/rjop20/17/10 

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Jornalistas dos media regionais destacados em recente relatório

Depois de “Desinformação, Transparência e Confiança: Perceções das/dos jornalistas em Portugal” (Miranda, Jerónimo & Torre, 2023), publicado pela Editora LabCom / LabCom Books e que apresenta os resultados de um inquérito feito a jornalistas que trabalham em meios de diferentes tipologias e escalas, o projeto MediaTrust publica agora “Media Regionais e Desinformação: Perceções das/dos jornalistas em Portugal”, de Luísa Torre, Pedro Jerónimo & João Miranda, um relatório que considera apenas as respostas daquelas/es que trabalham para os media regionais.

Assim como no primeiro livro, o relatório traz uma caracterização sócio-demográfica dos jornalistas que trabalham nos media regionais e que responderam ao inquérito; revela a situação profissional e laboral, em que os baixos salários e o trabalho voluntário se destacam; as suas práticas e rotinas profissionais; e suas perceções sobre desinformação e mecanismos de transparência e responsabilização nos media, que ainda são poucos.

Download gratuito do relatório em: https://labcomca.ubi.pt/media-regionais-e-desinformacao-percecoes-das-dos-jornalistas-em-portugal/

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MediaTrust.Lab lança nova publicação sobre comunicação comunitária e jornalismo de proximidade

Acaba de ser publicado o livro que resulta do Congresso Internacional “Comunicação Comunitária e Jornalismo de Proximidade num Cenário de Infodemia”, ocorrido em 3 e 4 de novembro de 2022, na Universidade da Beira Interior, Covilhã, numa co-organização do projeto MediaTrust.Lab e do GT de Media Regionais e Comunitários da SOPCOM. 

“Comunicação Comunitária e Jornalismo de Proximidade: Diálogos e Desafios em Cenários de Crises” é editado pelos investigadores Paulo Victor Melo e Pedro Jerónimo e pretende se debruçar sobre os desafios da comunicação comunitária e do jornalismo de proximidade, entendidos como perspectivas comunicacionais que se propõem a um novo tipo de relação com as pessoas, e sobre as potencialidades dessas iniciativas que têm como base fundamental um novo olhar para os territórios em que estão inseridas. 

O livro também pretende discutir a comunicação comunitária e o jornalismo de proximidade podem responder à desinformação em larga escala e de que modo podem contribuir para que a cidadania saiba ler criticamente os conteúdos que acessa.

Download gratuito do livro: https://labcomca.ubi.pt/comunicacao-comunitaria-e-jornalismo-de-proximidade-dialogos-e-desafios-em-cenarios-de-crises/

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Novo livro revela perceções dos jornalistas em Portugal sobre desinformação

Resultado da investigação desenvolvida no âmbito do projeto MediaTrust.Lab – Laboratório de Media Regionais para a Confiança e Literacia Cívicas, o livro “Desinformação, Transparência E Confiança: Perceções Das/Dos Jornalistas Em Portugal”, de João Miranda, Luísa Torre e Pedro Jerónimo, origina-se a partir de um inquérito nacional realizado com 485 jornalistas que trabalham em/a partir de Portugal e intitulado “Desinformação e Fact-Checking”.

Na publicação, apresenta-se uma caracterização sócio-demográfica dos jornalistas que responderam ao inquérito, sua situação profissional e laboral, as suas práticas e rotinas profissionais e suas perceções sobre desinformação e mecanismos de transparência e responsabilização nos media.

Observa-se que, a nível dos contactos com fontes, eles continuam a ser feitos de forma mais tradicional embora já se sinta que as redes sociais integram-se nas rotinas profissionais. No que tange à desinformação, os jornalistas apontam políticos, audiências e jornalistas como culpados por disseminar desinformação. Os jornalistas também indicam que os media dispõem de poucos mecanismos digitais de participação do público e de transparência.

Download gratuito do livro: https://labcomca.ubi.pt/desinformacao-transparencia-e-confianca-percecoes-das-dos-jornalistas-em-portugal/

Sobre o MediaTrust.Lab

O MediaTrust.Lab é executado no LabCom – Comunicação e Artes, unidade de investigação da Universidade da Beira Interior – UBI, participado pela Universidade de Coimbra e financiado pela Fundação para Ciência e a Tecnologia (PTDC/COM-JOR/3866/2020).

 

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MediaTrust.Lab publica primeiro estudo sobre “desertos de notícias” na Europa

Desertos de Notícias Europa 2022: Relatório de Portugal” ou “News Deserts Europe 2022: Portugal Report”. É este o título do relatório, bilingue, que resulta de um estudo MediaTrust.Lab, coordenado por Pedro Jerónimo e realizado em coautoria com Giovanni Ramos e Luísa Torre.

“Durante três meses e reportando aos dados disponíveis na base de dados da ERC a 31 de maio de 2022, tentamos apurar quais os concelhos que têm comunicação social, os que não têm ou que estão numa situação de alerta. Um processo que envolveu dezenas de pesquisas e contactos, para além da colaboração de múltiplas entidades, jornalistas e demais cidadãos, a quem desde já agradecemos. Resumindo, procurámos apresentar neste relatório a informação mais fiél sobre cada concelho. Esperamos que seja uma ajuda para se conhecer melhor o cenário mediático em Portugal e porventura possa servir de suporte à definição de políticas públicas para o setor. Porque os espaços deixados vazios pelo jornalismo rapidamente são ocupados por outras realidades, menos ou mesmo nada comprometidas com a procura pela verdade, pela ética e a deontologia. Talvez por isso a Comissão Europeia esteja tão preocupada com o possível crescimento destes vazios e com eles a desinformação. Nessa perspetiva, o presente relatório é também um contributo inicial para o estudo sobre os ‘desertos de notícias’ na Europa”, lê-se na introdução do estudo.

Estes são alguns dos dados que destacamos:

  • Mais de metade dos concelhos em Portugal é ou está na iminência de se vir a tornar desertos de notícias. Dos 308 concelhos existentes, 166 (53,9%) encontram-se ou em deserto de notícias ou em semi-deserto ou estão ameaçados. Falamos de concelhos que se encontram numa situação de alerta em relação à cobertura noticiosa.
  • Mais de um quarto dos concelhos de Portugal estão em algum tipo de deserto de notícias, ou seja, não têm cobertura noticiosa satisfatória ou frequente. Dos 308 concelhos, 78 (25,3%) estão em algum tipo de deserto de notícias, isto é, não possuem meios de comunicação com sede no concelho sobre o qual produzem conteúdos. Destes 78 concelhos, 54 (17,5%) estão num deserto total, isto é, não possuem nenhum meio de comunicação que produza notícias, e 24 (7,8%) estão em semi-deserto, ou seja, têm apenas noticiário menos frequente ou insatisfatório. De referir ainda que há 88 (28,6%) que se encontram sob ameaça de entrarem no deserto, pois possuem apenas um meio com produção noticiosa regular.
  • As regiões Norte, Centro e Alentejo concentram mais de 80% dos desertos e semi-desertos de notícias em Portugal. Nestas regiões, encontram-se 63 dos 78 concelhos em desertos e semi-desertos. Os distritos de Beja, Bragança, Évora, Portalegre e Vila Real são aqueles que têm a maior parcela de concelhos em algum tipo de deserto de notícias.
  • Nos distritos de Bragança e Portalegre, mais de metade dos concelhos estão no deserto ou semi-deserto. O distrito de Portalegre abrange um total de 15 concelhos, dos quais 9 (60%) estão incluídos no mapa dos desertos. Em Bragança, são 7 (58,3%) dos 12 concelhos.
  • A falta de produção local de notícias afeta mais os concelhos do interior do país. Os distritos de Lisboa, Porto, Braga e Aveiro, onde estão os 20 concelhos mais populosos de Portugal, possuem apenas três concelhos no deserto (Lisboa, Braga e Aveiro). O distrito de Porto é o único sem nenhum município no deserto, semi-deserto ou mesmo sob ameaça (com apenas um meio de comunicação). Em Portugal continental, apenas três concelhos do litoral se encontram em semi-deserto – Aljezur, no distrito de Faro; Albergaria-a-Velha, em Aveiro; e Óbidos, em Leiria – e nenhum consta no deserto total de notícias.
  • Não há jornais impressos a fazer a cobertura noticiosa frequente em 182 concelhos de Portugal (59%). Consideramos, neste relatório, como publicações frequentes as diárias, semanais e quinzenais. Dos referidos 182 concelhos, 106 (34,4%) não contam com meios impressos noticiosos, mas têm outros meios regulares. Um total de 15 concelhos têm apenas mensários impressos a cobrir notícias sem outros meios noticiosos, e, portanto, são considerados semi-desertos, e 54 só têm publicações mensais, contando com outros meios que não são impressos (digital e/ou rádios). 106 concelhos (34,4%) contam, ao mesmo tempo, com pelo menos um meio impresso mais frequente e com um meio digital. Seis concelhos têm como único meio noticioso um meio impresso mais frequente.
  • Os meios digitais estão em 151 concelhos (49%) e não há nenhum em 157 concelhos (51%). 16 concelhos sediam apenas um meio digital, não contando com outros meios, e são considerados ameaçados de se tornarem desertos. Em 77 concelhos, há meios impressos mais frequentes, digitais e rádios.
  • Um total de 118 concelhos (38,3%) não contam com nenhuma rádio a veicular notícias locais. 17 concelhos têm rádios licenciadas mas não têm cobertura local de notícias (sem nenhum jornalista no concelho e/ou redação localizada em outro concelho não-limítrofe). Destes, 9 não contam com outro meio noticioso e um conta com apenas um jornal de publicação considerada menos frequente – estes 10 casos são considerados, portanto, semi-desertos. Em outros 7 concelhos, há impressos mais frequentes ou meios digitais. Por outro lado, há rádios licenciadas em 175 concelhos de Portugal (56,8%) com redação e jornalistas no mesmo local. Em 59 concelhos, as rádios são o único meio noticioso local. Em 2 concelhos que têm apenas uma rádio como meio supostamente noticioso, não foi possível confirmar a sua existência e, portanto, em termos apenas de rádios, estes concelhos foram classificados como sem classificação. Apesar disso, esses dois concelhos, Castelo de Paiva (Aveiro) e Azambuja (Lisboa), têm outros meios de comunicação social local além das rádios e não são, portanto, no geral, considerados desertos de notícias.
  • Mais da metade dos 50 concelhos menos populosos do país estão no deserto ou semi-deserto de notícias. Entre os 50 menores concelhos em termos de população, 29 (58%) estão no deserto ou no semi-deserto. Dos 100 concelhos menos populosos, 53 (53%) estão no deserto ou no semi-deserto. No total, 647.422 pessoas vivem em algum tipo de deserto de notícias, ou seja, 6,3% da população. Mais de 13,4% dos cidadãos do país vivem em desertos de notícias ou em comunidades em risco de se tornarem desertos de notícias. São 1.390.493 pessoas que vivem nos 78 concelhos com cobertura menos regular de notícias ou nos 88 concelhos com apenas um meio de comunicação que cobre notícias locais com mais frequência.
  • 42 dos 100 concelhos (42%) com menor poder de compra estão no deserto ou semi-deserto de notícias. Nos 50 concelhos com menor poder de compra do país, 22 (44%) estão no deserto ou semi. Na comparação dos mapas do poder de compra de 2019 e dos desertos de notícias de 2022, evidencia-se a relação entre poder de compra e produção de notícias locais por regiões.
  • Baixa correlação entre a ausência de noticiário local e a abstenção nas eleições portuguesas. Na lista dos 50 concelhos com maior abstenção nas Autárquicas 2021, somente 3 estão no deserto ou semi. Quando se consideram os 100 concelhos com maior abstenção nas Autárquicas 2021, apenas 11 estão no deserto ou semi. Em relação às Legislativas 2022, entre os 50 concelhos com maior taxa de abstenção, apenas 16 estão no deserto ou semi-desertos, enquanto na lista dos 100 concelhos com maior taxa de abstenção nas Legislativas 2022, apenas 27 estão no deserto ou semi-desertos. Por fim, importa referir que a abstenção não foi considerada de forma estratificada, nomeadamente por idades. Este tipo de análise, que se procurará fazer em próximos estudos, ajudará a identificar eventuais diferenças e impactos da presença ou ausência de desertos de notícias nos concelhos.

Portugal é, assim, o primeiro país europeu a estudar os “desertos de notícias”, seguindo o que tem sido feito nos EUA, desde 2016, e no Brasil, desde 2017.

Este estudo contou com a colaboração do Aveiro Media Competence Center.

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Publicado artigo sobre desinformação e colaboração a uma escala local

“Disinformation at a Local Level: An Emerging Discussion” é o título do artigo de Pedro Jerónimo e Marta Sánchez Esparza, que acaba de ficar disponível na revista Publications.

Trata-se de um contributo que tem como principal objectivo colocar em debate a problemática da desinformação em pequenos territórios e comunidades, envolvendo, por vezes, os próprios media regionais. Mas não só. Os autores apontam ainda possíveis caminhos a seguir.

“Como vimos, o trabalho colaborativo de plataformas e consórcios transnacionais fortalece o tecido dos media regionais, num sistema de rede que permite o acesso a recursos, fontes, ferramentas tecnológicas e métodos que de outra forma estariam fora do alcance dessas media regionais.”

E concluem:

“Nem todas as iniciativas de colaboração cruzada entre media e jornalistas são bem-sucedidas. Algumas falham por questões culturais, já que a relutância dos grandes media ainda é frequente, quando se trata de partilhar recursos e a necessidade de dominar a competição (Palomo & Sedano, 2021). No entanto, estudar o impacto dessas iniciativas como uma oportunidade para o jornalismo local e um antídoto para a proliferação de ‘notícias falsas’ é um tema emergente de discussão.”

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Publicado artigo sobre desinformação em período eleitoral

“Comunicación y desinformación en elecciones: tendencias de investigación en España y Portugal” é o título do artigo de Rúben Rivas-de-Roca, Ricardo Morais e Pedro Jerónimo, que acaba de ser publicado na Universitas-XXI, revista de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Politécnica Salesiana do Equador.

Trata-se de um trabalho que tinha por objetivo fazer uma revisão das principais pesquisas sobre comunicação política e eleições no âmbito ibérico (Espanha e Portugal), identificando possíveis alterações.

“Como resultados, observam-se semelhanças na preferência metodológica pela análise de conteúdo, embora os temas abordados diferem dependendo das circunstâncias nacionais, além de certa coincidência na análise das eleições legislativas nacionais. Em Espanha, a ação dos novos partidos nas redes sociais tem sido especialmente tratada, enquanto em Portugal prevalece o interesse pela televisão. Da mesma forma, a explosão da produção científica em Espanha contrasta com o menor número de estudos no caso português”, concluem os autores.

Um outro apontamento refere-se, no caso português, à quase ausência de estudos sobre eleições autárquicas. O registado resulta mais da perceção dos autores portugueses do que dados empíricos, o que não deixa de representar uma oportunidade para futuros estudos.

Por fim, referir que este estudo surge a partir de uma estadia de três meses de Rúben Rivas-de-Roca (Universidade de Sevilha, Espanha) no LabCom, onde também trabalhou outros temas do seu interesse, como a qualidade do jornalismo local.